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Para ler/ver:

Entre o oco, o nada e o vazio: notas sobre arte contemporânea e o direito a não pertencer
Um certo circuito de artes visuais, e falo especificamente de uma produção artística de autoria branca, parece ter ficado preso na história da arte institucional do século passado. Esse circuito, fechado, por sinal, esqueceu que para habitar hoje o terreno institucional do museu é necessário… Continuar lendo Entre o oco, o nada e o vazio: notas sobre arte contemporânea e o direito a não pertencer

Uma baleia sorridente no céu de Fortaleza
Alergia de lâmina de barbear, comida azeda, roupa lavando na máquina, som de trator na rua. Um canhão do século XVIII que encontraram numa obra do metrô, peças fúnebres, pratos, jarros, porcelanas. Prataria colonial para satisfação de saudosista branco. Tatuagem na perna esquerda e na… Continuar lendo Uma baleia sorridente no céu de Fortaleza

Eu vi quando os olhos se fecharam
As vezes a sensação é de estar oco, como se nada tivesse acontecendo ali, como se eles fossem membros fantasmas, ou invisíveis. Qual a diferença entre ser um fantasma e ser invisível? Ninguém daqui é realmente daqui. Somos todos estrangeiros, e passageiros também, mesmo que… Continuar lendo Eu vi quando os olhos se fecharam

Limpar atrás das orelhas
1 – Corpo O corpo não existe, não tem nada aqui, só o vazio, só o som de explosões e de cortes ágeis e agudos que arranham os ouvidos. O corpo vai acabar, e não tardará muito. Assim como o tempo que não existe, como… Continuar lendo Limpar atrás das orelhas

Palavras que se esgotam e reaparecem depois de um ato falho
Palavras se esgotam antes mesmo de poderem serem vista. Ser vistas. Serem vista, serem vistas. Qual conjunção correta a se fazer segundo as normas técnicas de condução das palavras? Segundo a gramática, a ortografia, a linguística, estamos todos errados. Todes! Mas eu não escrevo para… Continuar lendo Palavras que se esgotam e reaparecem depois de um ato falho

Lembrei algumas vezes nos últimos dias
Visto um calção verde escuro, mais escuro que o verde-bandeira. Pesquisei agora a diferença entre o lodo e o musgo, e mesmo sem ler completamente os resultados da rápida busca, rapidamente retorno para a pintura incompleta fixada bem na minha frente. Um verde resultante da… Continuar lendo Lembrei algumas vezes nos últimos dias

Ah, então era só isso? Só? (ou como encontrar canetas perdidas)
Eu nunca perco as coisas, ou nunca perdia as coisas. Exceto canetas e lápis, óbvio, mas isso todo mundo perde desde o ensino fundamental até fica véi. Só que até as canetas eu parei de perder com o passar dos anos: minha estratégia foi comprar… Continuar lendo Ah, então era só isso? Só? (ou como encontrar canetas perdidas)

Sobre abacaxi, canal e meias pretas
Faz um tempo que tento comprar uma máquina fotográfica analógica. Já olhei o catálogo, vi os preços e fiquei de dar resposta. Meses depois volto e peço de novo o catálogo, espero resposta, fico de dar resposta. Aparentemente minha desculpa sempre é a grana, nunca… Continuar lendo Sobre abacaxi, canal e meias pretas

Talvez a gente não precise se comunicar
(Ou como olhar para…) Coloque coisas pra dentro da sua cabeça só até onde dá, só o que couber, mas também coloque aquilo que cê não entendeu ainda. O que vem no fluxo das palavras que chega como inexplicável, que parece ser inalcançável para o… Continuar lendo Talvez a gente não precise se comunicar
![Notas para um corpo fugitivo e para uma pressa em andamento [Revista Humanidades & Inovação]](https://souoscar.files.wordpress.com/2021/04/mg_0889.jpg?w=1200&h=1200&crop=1)
Notas para um corpo fugitivo e para uma pressa em andamento [Revista Humanidades & Inovação]
Texto publicado na Revista Humanidades & Inovação v. 7 n. 25 (2020): Corporalidades, narrativas e conhecimentos insurgentes: um dossiê em tempos de intersecções de crises. Tem esse texto que escrevi, que está incompleto, mas já foi publicado. E numa possível futuridade, será republicado com outra… Continuar lendo Notas para um corpo fugitivo e para uma pressa em andamento [Revista Humanidades & Inovação]

Por tudo que possa te distrair
Nas paredes daqui de casa instalei algumas das bandeiras que fiz nos últimos anos. Num é invocada uma fugaimpossível, noutra a o desejo pela revolta, e outra ainda inacabada mas que já denuncia um corpo precário numa nação violenta. Preguei elas nas paredes tanto para… Continuar lendo Por tudo que possa te distrair

Para não furar o próprio olho
Dia 1. Percebeu que consegue olhar diretamente pro sol tapando o olho esquerdo e deixando o direito aberto sem se queimar. Percebeu também que engabelou o próprio cronograma semanal e, pela primeira vez, não teve nem pressa, nem calma, teve somente uma inércia tão grande… Continuar lendo Para não furar o próprio olho
![Qualquer ponto da Terra tem seu endereço certo [livro Homo Ludens – A Brasa e o Fanal]](https://souoscar.files.wordpress.com/2020/11/entre_abahia_e_oceara_3d3.png?w=1200&h=1200&crop=1)
Qualquer ponto da Terra tem seu endereço certo [livro Homo Ludens – A Brasa e o Fanal]
Composta por seis textos Homo Ludens – A Brasa e o Fanal é uma publicação que investiga a composição de estratégias e territórios fugitivos através da experiência da escrita. Organização: Flávia Memória e Tarcisio Almeida, com colaborações: Clébson Francisco, Érica Zingano, Flávia Memória, Jamile Cazumbá,… Continuar lendo Qualquer ponto da Terra tem seu endereço certo [livro Homo Ludens – A Brasa e o Fanal]

Loteamento
Às vezes é só pelo barulho, pela algazarra, por colocar a cabeça e o braço para fora da janela do ônibus e sentir algo. Pela euforia. Às vezes é por querer ser divino, querer ser carne, querer ser corpo, querer ser transa. Às vezes é… Continuar lendo Loteamento

Eu já vi um anjo (ou algo parecido) na porta do meu quarto
Por vezes eu recebi mensagem de gente amiga dizendo que sonhou comigo. Entendi que estar no sonho das outras pessoas foi a forma que eu encontrei de me fazer presença com gente que tenho um carinho. Não vejo como uma invasão, não, mas como um… Continuar lendo Eu já vi um anjo (ou algo parecido) na porta do meu quarto

Ninguém me ensinou a cozinhar imagem
Ninguém me ensinou a cozinhar imagem. Ninguém me disse como por energia numa coisa, trabalhar nela, e esperar que saia algo. E não to falando de ISO, obturador, essas paradas aí que cês aprenderam sei lá onde, mas talvez minha fotometria não está calibrada a… Continuar lendo Ninguém me ensinou a cozinhar imagem

Não me interessa a distopia-branca
1. Antes de tudo, não sou brasileiro. Negar essa nacionalidade é essencial para mim. Escrevo como corpo nascido no que prefiro chamar de país ainda não-independente intitulado Nordeste – haverá ainda outro nome pra chamá-lo, enquanto não, uso esse. Habitar o Nordeste é habitar as… Continuar lendo Não me interessa a distopia-branca

a semelhança é o vermelho-terroso
em resposta as palavras de Polly, aqui Daqui do sol de 36, do vento quente que vem do ventilador que tem trabalhado mais do que eu, falo tentando respirar. Escrevo desse sol de capricórnio que nos cobre a distância. Desde sempre eu vejo sementes de… Continuar lendo a semelhança é o vermelho-terroso
![Olhar com os olhos atentos para além dos olhos [texto catálogo Escola Pública de Audiovisual]](https://souoscar.files.wordpress.com/2019/08/a005273-r1-30-30a.png?w=1200&h=1200&crop=1)
Olhar com os olhos atentos para além dos olhos [texto catálogo Escola Pública de Audiovisual]
Texto publicado no catálogo da quarta turma do Curso de Realização em Audiovisual, da Escola Pública de Audiovisual Vila das Artes. Com os olhos fechados, sente a água em correria caindo do alto e desabando no rio. Cachoeira longa vazando no tempo. Ao levantar das… Continuar lendo Olhar com os olhos atentos para além dos olhos [texto catálogo Escola Pública de Audiovisual]

‘Território Somos Nós’, texto curatorial da exposição
Texto curatorial da exposição homônima, em cartaz na Carnaúba Cultural, junho de 2019. Desse canto que a gente vem. Corre notícia que terra preta quando incha d’água brota seres fortes. E de pés cheio de lama, arrasta essa terra escura pelos quatro cantos que apontam… Continuar lendo ‘Território Somos Nós’, texto curatorial da exposição
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