Texto publicado na Revista Humanidades & Inovação v. 7 n. 25 (2020): Corporalidades, narrativas e conhecimentos insurgentes: um dossiê em tempos de intersecções de crises.

Clébson Francisco, 2020
Pintura digital s/ arquivo colonial, 1,75x1m.
Impresso em fine art, moldura em madeira.
Tem esse texto que escrevi, que está incompleto, mas já foi publicado. E numa possível futuridade, será republicado com outra escrita, não menos incompleta, não mais avançada, mas com novas palavras e outras rasuras. Mas está publicado – de público, que pode ser visto, lido, há a possibilidade de ser acessado nessa virtualidade do mundo digital. Sendo incompleto, escrevo como quem absorve o calor da chuva para poupar o tempo. Escrever não só para imaginar um amanhã, mas para compreender o presente-agora para além das estruturas lineares das convenções cronológicas que estruturaram o tempo antes mesmo de estarmos aqui na Terra. Caminhar sem estacionar na apatia ou na dor, sem fixasse nos processos de paralisação que o pessimismo-morto nos coloca, e muito menos acreditar que a esperança é suficiente para nos manter de pé a cada dia acordado. A paz é uma ficção, e embora incompleto, dá pra ler.